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Os minerais máficos e opacos como indicadores das condições de cristalização magmática e recristalizações posteriores: o exemplo de alguns granitóides cálcio-alcalinos do embasamento do Estado de São Paulo (1998)

  • Authors:
  • Autor USP: MARTINS, LUCELENE - IGC
  • Unidade: IGC
  • Subjects: PETROLOGIA ÍGNEA; MINERALOGIA
  • Language: Português
  • Abstract: Trabalhos de campo e de laboratório (geoquímica de rochas, mineralogia, química mineral) sugerem a atuação de processos de contaminação crustal na gEnese dos granitos cálcio-alcalinos sin-orogênicos brasilianos da Faixa Ribeira. No intuito de contribuir para a caracterização desses processos, foram feitos trabalhos combinando estudos mineralógico-petrográficos e texturais com determinações da química mineral, principalmente dos minerais máficos e acessórios opacos (especialmente os óxidos de Fe e Ti), e medidas de susceptibilidade magnética aparente desses granitos. Os exemplos escolhidos para este estudo foram os granitóides do batólito cálcio-alcalino Agudos Grandes, aflorantes na região do Domínio Embu, SP (Janasi & Ulbrich, 1992; Janasi et al., 1990), entre as cidades de Ibiúna, Piedade e Tapirai (SP); para contrastar, foram obtidos dados dos maciços Taipas e Cantareira, igualmente cálcio-alcalinos, aflorantes no Dominio São Roque, SP. Foram identificadas quatro tipos principais, representativos das variações encontradas nos maciços de Piedade e lbiúna: homblenda-biotita granitos (cálcio-alcalinos, meta-aluminosos), biotita granitos (dois tipos: com e sem titanita, meta-aluminosos) e muscovita-biotita granitos (peraluminosos), em geral sempre porfiríticos e deformados. Para os maciços Taipas e Cantareira, também foram resumidas as características petrográficas dos biotita granitóides porfiriticos com titanita e dos aplitos subordinados. Os estudos petrográficos indicaram uma diminuição dos teores de magnetita nas facies mais peraluminosas de Piedade, que pode estar diretamente relacionada a um decréscimo na fugacidade de oxigênio, associada aos processos de contaminação por metapelitos redutores. Os valores de susceptibilidade magnética nos tipos Piedade-lbiúna, sempre altos, mostram relação direta com os tipos petrográficos: facies com homblenda- biotita, titanita + magnetita± ilmenita, k de - 9.9 (x10·3 SI); biotita-titanita, k em tome de 8,4 (x10-3 SI) e biotita (sem titanita), k por volta de 4,8 (x10-3 SI), ambos com magnetita ~ ilmenita; muscovita-biotita (ilmenita ± magnetita), k em torno de 4,7 (x10-3 SI). As rochas dos maciços Taipas e Cantareira apresentam valores de k algo mais elevados que os dos granitóides de Piedade com mineralogia equivalente. Os dados de química mineral dos minerais opacos (magnetita, ilmenita e hematita), tanto de Piedade-lbiúna como de Taipas e Cantareira, mostram enriquecimento em seus componentes ideais, indicando recristalização parcial, provavelmente sob condições pós-magmáticas: magnetita está presente em todas as rochas, mesmo que em proporções menores nos granitos peraluminosos de Piedade. As biotitas dos granitóides Taipas e Cantareira são muito semelhantes entre si, parecidas às encontradas nas rochas equivalentes de Piedade. As biotitas dos maciços Piedade e lbiúna mostram uma gradação, com enriquecimento em Fe, AI e Ti, partindo dos termos mais cálcio-arcalinos e menos diferenciados (menos "contaminados") com hornblenda e biotita, para os termos peraluminosos e mais "diferenciados" (provavelmente, mais "contaminados"). Uma cornparação com dados na literatura sugere que estas rochas são similares aos granitóides "contaminados" (mas pouco ou nada reduzidos) encontrados no batólito da Serra Nevada, California (Ague & Brimhall, 1988).
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    • ABNT

      MARTINS, Lucelene. Os minerais máficos e opacos como indicadores das condições de cristalização magmática e recristalizações posteriores: o exemplo de alguns granitóides cálcio-alcalinos do embasamento do Estado de São Paulo. 1998. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1998. Disponível em: https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/0511617e-79a8-429d-8714-e27e536cbd2e/Martins__L._-_1998_-_Os_minerais_m%C3%A1ficos_e_opacos_como_indicadores_das_condi%C3%A7%C3%B5es_de..pdf. Acesso em: 23 jun. 2025.
    • APA

      Martins, L. (1998). Os minerais máficos e opacos como indicadores das condições de cristalização magmática e recristalizações posteriores: o exemplo de alguns granitóides cálcio-alcalinos do embasamento do Estado de São Paulo (Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação). Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/0511617e-79a8-429d-8714-e27e536cbd2e/Martins__L._-_1998_-_Os_minerais_m%C3%A1ficos_e_opacos_como_indicadores_das_condi%C3%A7%C3%B5es_de..pdf
    • NLM

      Martins L. Os minerais máficos e opacos como indicadores das condições de cristalização magmática e recristalizações posteriores: o exemplo de alguns granitóides cálcio-alcalinos do embasamento do Estado de São Paulo [Internet]. 1998 ;[citado 2025 jun. 23 ] Available from: https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/0511617e-79a8-429d-8714-e27e536cbd2e/Martins__L._-_1998_-_Os_minerais_m%C3%A1ficos_e_opacos_como_indicadores_das_condi%C3%A7%C3%B5es_de..pdf
    • Vancouver

      Martins L. Os minerais máficos e opacos como indicadores das condições de cristalização magmática e recristalizações posteriores: o exemplo de alguns granitóides cálcio-alcalinos do embasamento do Estado de São Paulo [Internet]. 1998 ;[citado 2025 jun. 23 ] Available from: https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/0511617e-79a8-429d-8714-e27e536cbd2e/Martins__L._-_1998_-_Os_minerais_m%C3%A1ficos_e_opacos_como_indicadores_das_condi%C3%A7%C3%B5es_de..pdf

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