Relação entre microbiota intestinal e progressão da doença renal crônica (2025)
- Authors:
- Autor USP: SOUSA, VICTORIA CAVALCANTE - FCF
- Unidade: FCF
- Assunto: NEFROPATIAS
- Keywords: Microbiota intestinal; Táxons; Ritmo de filtração glomerular estimado
- Language: Português
- Abstract: INTRODUÇÃO: A doença renal crônica (DRC) afeta aproximadamente 10% da população mundial e cerca de 10 milhões de brasileiros. A DRC caracteriza-se pela perda progressiva e irreversível da função renal, sendo classificada em cinco estágios que variam de disfunção renal leve (estágio 1) a doença renal em estágio terminal (DRET). Atualmente, o tratamento desse quadro é focado em medidas preventivas para retardar a progressão da doença e evitar a necessidade de terapias de substituição renal, como diálise ou transplante. No entanto, novas abordagens estão sendo investigadas. Pesquisas recentes apontam que a microbiota intestinal desempenha um papel importante na DRC, modulando a inflamação sistêmica e a produção de metabólitos tóxicos que podem agravar o dano renal. OBJETIVO: O objetivo principal do presente trabalho é avaliar a relação entre a composição do microbioma intestinal e o ritmo de filtração glomerular estimado (eGFR) em pacientes com DRC, utilizando dados disponíveis em bancos de dados. RESULTADOS: A análise de alfa-diversidade demonstrou que não houve diferença entre os grupos controle e DRET. Da mesma forma, a alfa-diversidade não influenciou as covariáveis clínicas (eGFR, ureia e creatinina). Por meio da beta-diversidade, apesar de haver uma sobreposição das composições de microbiota entre os grupos, observou-se uma diferença significativa entre os estados de saúde. Diferentemente da alfa-diversidade, as covariáveis clínicas mostraram-se influenciar significativamente a variação de beta-diversidade entre os grupos. Do ponto de vista estritamente de bactérias e função renal, existem espécies associadas tanto a função renal preservada, quanto a taxas de filtração reduzidas, como Dysosmobacter welbionis e Neobittarella massiliensis, que relacionavam-se a menor eGFR. Entretanto, quando sebuscou verificar o potencial de aplicar a composição da microbiota intestinal como indicador do estado de saúde, a microbiota se mostra insuficiente para tal. CONCLUSÃO: O atual trabalho demonstrou que pacientes com DRET possuem uma microbiota distinta de indivíduos saudáveis, corroborando com achados prévios de outras pesquisas. Foram observadas associações significativas entre bactérias produtoras de toxinas e perda de função renal, assim como de espécies produtoras de metabólitos benéficos e função renal preservada. Sobre as limitações do presente trabalho, a amostra utilizada foi constituída de um número restrito de participantes, além de análises metabolômicas não terem sido conduzidas para se estabelecer relações causais do que se observou, o que pode ser muito promissor de ser buscado em trabalhos futuros
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ABNT
SOUSA, Victória Cavalcante. Relação entre microbiota intestinal e progressão da doença renal crônica. 2025. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2025. Disponível em: https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/534e981d-72dc-43bc-82c3-c3de03e34a94/TCC_Victoria_Cavalcante_Sousa.pdf. Acesso em: 26 dez. 2025. -
APA
Sousa, V. C. (2025). Relação entre microbiota intestinal e progressão da doença renal crônica (Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação). Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/534e981d-72dc-43bc-82c3-c3de03e34a94/TCC_Victoria_Cavalcante_Sousa.pdf -
NLM
Sousa VC. Relação entre microbiota intestinal e progressão da doença renal crônica [Internet]. 2025 ;[citado 2025 dez. 26 ] Available from: https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/534e981d-72dc-43bc-82c3-c3de03e34a94/TCC_Victoria_Cavalcante_Sousa.pdf -
Vancouver
Sousa VC. Relação entre microbiota intestinal e progressão da doença renal crônica [Internet]. 2025 ;[citado 2025 dez. 26 ] Available from: https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/534e981d-72dc-43bc-82c3-c3de03e34a94/TCC_Victoria_Cavalcante_Sousa.pdf
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