A litoestratigrafia do Sistema Aquífero Guarani, sua relação com a produtividade de poços e a longevidade da explotação na cidade de Bauru (SP) (2024)
- Authors:
- Autor USP: RUSIG, JULIA BELANDRINO - IGC
- Unidade: IGC
- Subjects: LITOESTRATIGRAFIA; POÇOS; ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
- Agências de fomento:
- Language: Português
- Abstract: O Sistema Aquífero Guarani (SAG) é responsável pelo abastecimento de 65% da demanda hídrica na cidade de Bauru (SP). Para enfrentar as crises hídricas recorrentes, especialmente a partir de 2014, o Departamento de Água e Esgoto de Bauru (DAE-Bauru) tem recorrido à perfuração de novos poços no SAG. No entanto, o caráter finito deste recurso fóssil torna essencial estimar a quantidade de água que pode ser extraída do aquífero, considerando que parte das águas provém do armazenamento (S) e outra dos fluxos laterais regionais. O SAG em Bauru compreende as unidades hidroestratigráficas Botucatu, Guará e Piramboia, com uma espessura saturada de 63 a 369 m e fluxo preferencial de SSE para NNW. O aquífero está confinado pelos basaltos da Formação Serra Geral (FSG) no nordeste e, na região central e sudoeste, pelos argilitos da Formação Araçatuba, que compõe a base do Sistema Aquífero Bauru (SAB). A espessura saturada é o principal fator de controle da produtividade dos poços no SAG, dada sua variabilidade mais significativa em relação à condutividade hidráulica. A reserva total do SAG na região da bacia do Rio Bauru é de 28.250 Mm³, com reserva compressível de 60 Mm³. Observou-se um aumento significativo na explotação do SAG de 52% desde 2010, com uma produção atual de 35 Mm³/ano e que hoje é operado por 40 poços. Estes têm apresentado um rebaixamento médio de 2 m/ano (atingindo um máximo de 80 m) em seus níveis estáticos. Na janela de basalto, ocorre um fluxo vertical descendente do SAB para o SAG através da Formação Araçatuba com velocidades entre 0,06 e 6 m/ano, indicando uma nova relação hidráulica resultante do aumento do gradiente hidráulico entre os dois sistemas. A reserva compressível estimada não é suficiente para sustentar a explotação dos poços no SAG por mais de dois anos, fazendo com que a explotação seja, em parte, mantida pelos fluxos laterais regionais do aquífero. Desta forma, ummodelo de fluxo 3D com o código FEFLOW foi realizado para averiguar a influência do fluxo lateral frente ao armazenamento do SAG, durante um período de contínuo bombeamento de 2000 a 2022. O modelo do SAG, calibrado para o período de 2005 a 2022, simulou a evolução do bombeamento em Bauru, revelando a formação de cones de rebaixamento e a convergência do fluxo regional (SSENNW) em direção ao centro da cidade, onde há maior concentração de poços. Com base nos cenários modelados e raios de interferência estimados, o modelo prevê que o SAG estabilizará as extrações atuais e futuras, mesmo considerando um cenário de aumento da demanda hídrica para 2034. Assim, o modelo permitiu avaliar a importância da relação entre o fluxo lateral regional e o armazenamento do SAG para a longevidade das explotações em Bauru, no entanto, seus resultados ainda são preliminares e adequações para melhor quantificar a contribuição do fluxo lateral ou estender o domínio de modelagem são alternativas previstas para melhor representar o comportamento real do SAG em Bauru.
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ABNT
RUSIG, Julia Belandrino. A litoestratigrafia do Sistema Aquífero Guarani, sua relação com a produtividade de poços e a longevidade da explotação na cidade de Bauru (SP). 2024. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2024. Disponível em: https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/a9cb3689-04e3-40c4-9a8b-394db5dd8438/Monografia_TF24_25_Julia_Rusig_FINAL_REVISADA.pdf. Acesso em: 22 abr. 2025. -
APA
Rusig, J. B. (2024). A litoestratigrafia do Sistema Aquífero Guarani, sua relação com a produtividade de poços e a longevidade da explotação na cidade de Bauru (SP) (Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação). Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/a9cb3689-04e3-40c4-9a8b-394db5dd8438/Monografia_TF24_25_Julia_Rusig_FINAL_REVISADA.pdf -
NLM
Rusig JB. A litoestratigrafia do Sistema Aquífero Guarani, sua relação com a produtividade de poços e a longevidade da explotação na cidade de Bauru (SP) [Internet]. 2024 ;[citado 2025 abr. 22 ] Available from: https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/a9cb3689-04e3-40c4-9a8b-394db5dd8438/Monografia_TF24_25_Julia_Rusig_FINAL_REVISADA.pdf -
Vancouver
Rusig JB. A litoestratigrafia do Sistema Aquífero Guarani, sua relação com a produtividade de poços e a longevidade da explotação na cidade de Bauru (SP) [Internet]. 2024 ;[citado 2025 abr. 22 ] Available from: https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/a9cb3689-04e3-40c4-9a8b-394db5dd8438/Monografia_TF24_25_Julia_Rusig_FINAL_REVISADA.pdf
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