Desenvolvimento de diagnóstico rápido para SARS-CoV-2 por detecção da proteína da espícula (2022)
- Authors:
- Autor USP: SOUZA, STEPHANIE CANAVARRO DE - FMRP
- Unidade: FMRP
- Subjects: BIOTECNOLOGIA; PROTEÍNAS; COVID-19
- Agências de fomento:
- Language: Português
- Abstract: A emergência de infecção por um novo coronavírus humano (HCoV) na China em dezembro de 2019 resultou em uma pandemia que se tornou um dos mais significantes problemas de saúde da história da humanidade. O surto epidemiológico continua a gerar grandes preocupações em todo o mundo. Devido a emergência de patógenos que causam graves problemas na área da saúde pública no âmbito mundial, é notória a necessidade de estudos que auxiliem na detecção e controle da propagação da doença. Pensando nisso, o desenvolvimento de técnicas de diagnósticos mais eficientes, rápidas, de baixo custo e de fácil acesso se tornaram extremamente necessárias, para que a infecção pudesse ser rapidamente identificada e tomada as devidas providências para evitar a transmissão do vírus. Dessa forma, o objetivo desse projeto é a padronização de uma metodologia de diagnóstico rápido para SARS-CoV-2 capaz de identificar as partículas virais na fase aguda da doença em amostras de secreção respiratória e saliva por teste de aglutinação. Durante o desenvolvimento do teste, foram usados estoques de variantes de SARS-CoV-2 para padronização do teste de aglutinação de Látex usando anticorpo policlonal produzido in house contra a proteína de superfície viral (espícula) em colaboração com a Profa Leda Castilho (UFRJ). Os experimentos foram realizados no laboratório de Biossegurança nível III (BSL3) do Centro de Pesquisa em Virologia - CPV/USP. Os estoques virais das variantes de SARS-CoV-2 foram produzidos e titulados em ensaio de placa ou TCID50 na linhagem celular imortalizada da Vero E6. Inicialmente foi realizada a padronização da metodologia de sensibilização das beads de látex azuis de diâmetro 0.80 μm da MERCK. O anticorpo anti-espícula foi avaliado inicialmente nas contrações finais de 1 e 10% em relação ao volume final das beads utilizadas. Após a sensibilização das beads, foi realizado o teste de detecção deantígeno viral com diferentes estoques virais presentes no laboratório, como diferentes cepas de SARS-CoV-2 (Delta, Ômicron, P1 e Wuhan ativos e inativos) e como controle negativo também testamos outros vírus respiratórios (RSV e H1N1). Amostras de sobrenadante celular sem a presença de vírus também foram utilizadas como controle experimental para identificação de interações inespecíficas. Estoques com quantidade de vírus conhecidos foram submetidos a diluições seriadas para determinar a quantidade mínima de vírus detectável. Além disso, estoques das variantes de SARS-CoV-2 foram utilizados para avaliar a aglutinação na presença das beads sensibilizadas nas concentrações de 1:1. Laminas de 12 poços foram utilizadas para incubar o vírus por 15 minutos e apresentaram aglutinação observada sem auxílio do microscópio nas amostras em que sensibilizamos as beads na concentração de 1% de anticorpo. Foram observadas aglutinações inespecíficas nos controles experimentais e modificações foram realizadas para diminuir a inespecificidade. Uma das modificações foi alterar o phosphate-buffered saline (PBS) utilizado na lavagem e armazenamento das beads, adicionando 0.1% bovine serum albumin (BSA) a sua composição, no entanto, essa modificação resultou em nenhuma aglutinação em todas as amostras. Dessa forma, buscamos trabalhar com as mudanças de concentrações de anticorpo e quantidade de beads para então minimizar as aglutinações inespecíficas da nossa primeira metodologia. Os primeiros experimentos realizados permitiram observar a aglutinação das beads de látex (sensibilizadas com 1% de anticorpo), para todas as variantes avaliadas, apesar das variações proteicas nos estoques das diferentes variantes. Realizamos várias modificações nos protocolos para diminuir a inespecificidade que levaram a inibição da aglutinação nos experimentos subsequentes, entretanto a metodologia aindaprecisa ser aperfeiçoada para que possa ser determinada como um teste padronizado. O teste por aglutinação possui baixo custo e é acessível para 6 laboratórios de diagnósticos com estrutura variada, podendo auxiliar muitos pacientes que não têm acesso aos testes convencionais
- Imprenta:
- Publisher place: Ribeirão Preto
- Date published: 2022
-
ABNT
SOUZA, Stephanie Canavarro de. Desenvolvimento de diagnóstico rápido para SARS-CoV-2 por detecção da proteína da espícula. 2022. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2022. Disponível em: https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/bc5ed310-f635-4b7e-bd25-4406311e9530/STEPHANIE_CANAVARRO_DE_SOUZA-DESENVOLVIMENTO_DE_DIAGN%C3%93STICO_R%C3%81PIDO_PARA_SARS-CoV-2_POR_DETEC%C3%87%C3%83O_DA_PROTE%C3%8DNA_DA_ES.pdf. Acesso em: 19 mar. 2025. -
APA
Souza, S. C. de. (2022). Desenvolvimento de diagnóstico rápido para SARS-CoV-2 por detecção da proteína da espícula (Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação). Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. Recuperado de https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/bc5ed310-f635-4b7e-bd25-4406311e9530/STEPHANIE_CANAVARRO_DE_SOUZA-DESENVOLVIMENTO_DE_DIAGN%C3%93STICO_R%C3%81PIDO_PARA_SARS-CoV-2_POR_DETEC%C3%87%C3%83O_DA_PROTE%C3%8DNA_DA_ES.pdf -
NLM
Souza SC de. Desenvolvimento de diagnóstico rápido para SARS-CoV-2 por detecção da proteína da espícula [Internet]. 2022 ;[citado 2025 mar. 19 ] Available from: https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/bc5ed310-f635-4b7e-bd25-4406311e9530/STEPHANIE_CANAVARRO_DE_SOUZA-DESENVOLVIMENTO_DE_DIAGN%C3%93STICO_R%C3%81PIDO_PARA_SARS-CoV-2_POR_DETEC%C3%87%C3%83O_DA_PROTE%C3%8DNA_DA_ES.pdf -
Vancouver
Souza SC de. Desenvolvimento de diagnóstico rápido para SARS-CoV-2 por detecção da proteína da espícula [Internet]. 2022 ;[citado 2025 mar. 19 ] Available from: https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/bc5ed310-f635-4b7e-bd25-4406311e9530/STEPHANIE_CANAVARRO_DE_SOUZA-DESENVOLVIMENTO_DE_DIAGN%C3%93STICO_R%C3%81PIDO_PARA_SARS-CoV-2_POR_DETEC%C3%87%C3%83O_DA_PROTE%C3%8DNA_DA_ES.pdf
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