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Estresse oxidativo na fisiopatologia da Doença de Alzheimer e perspectivas futuras na terapia (2023)

  • Authors:
  • Autor USP: SOARES, DIEGO HENRIQUE MATILLA - FCF
  • Unidade: FCF
  • Subjects: ESTRESSE OXIDATIVO; DOENÇA DE ALZHEIMER; FISIOPATOLOGIA
  • Language: Português
  • Abstract: A Doença de Alzheimer (DA), descrita pela primeira vez em 1906, é a principal causa de demência em idosos, e sua prevalência aumenta conforme maior for a idade, acometendo cerca de 1 a cada 4 idosos com idade superior a 85 anos. Seus sintomas clínicos envolvem distúrbios cognitivos, desorientação espacial, delírios e comportamento imprevisível. Em achados histopatológicos de cérebros acometidos pela doença, foram observados uma atrofia cerebral e aglomerados proteicos anômalos, denominados de placas senis e emaranhados neurofibrilares, que embasaram duas das principais hipóteses para as bases moleculares da DA, a hipótese da cascata amiloide e a hipótese da proteína tau. A hipótese da cascata amiloide propõe que, a partir da clivagem da proteína precursora do amiloide (APP), uma proteína transmembrana, por determinadas secretases, ocorre a formação do peptídeo β-amiloide (βA), que se acumula em oligômeros e posteriormente em placas senis. Já a hipótese da proteína tau sugere o mecanismo para a formação dos emaranhados neurofibrilares, e que seria por um mecanismo de hiperfosforilação da proteína tau, de forma que essa proteína hiperfosforilada se acumule e resulte no achado histopatológico da doença. Apesar de serem as hipóteses mais bem difundidas, a maioria dos medicamentos atualmente aprovados para a DA, não têm como alvo estas hipóteses, e sim na hipótese colinérgica, que foi a primeira proposta para a doença, se baseando em pesquisas que indicaram um comprometimento dessa função da DA. Esses medicamentos são a donepezila, rivastigmina, galantamina e memantina, e seu uso não gera uma interrupção no desenvolvimento da doença, tendo como foco apenas os sintomas. Dessa forma, outras hipóteses que justifiquem o desenvolvimento da DA, para atuar como possíveis novas opções terapêuticas, foramestudadas, e dentre elas, foi possível observar que, na DA, são encontradas concentrações alteradas de metais, principalmente ferro, cobre e zinco, um estado neuroinflamatório, que leva à perda neuronal, uma angiogênese anormal, e uma disfunção de insulina e do fator semelhante a insulina tipo 1 (IGF-1). O estresse oxidativo, ocasionado em situações quando a concentração de espécies radicalares está aumentada, se relaciona com as principais hipóteses acerca da DA, culminando efeitos como disfunção mitocondrial, peroxidação lipídica, ferroptose e disfunção sináptica. Visando um tratamento efetivo para a DA, estudos com moléculas com ação nas mais diversas hipóteses vêm sendo executados. Tendo a cascata amiloide como alvo, as abordagens podem ser desde a inibição da formação do βA até o aumento da depuração deste composto, o que se aplica da mesma forma para a hipótese da proteína tau, onde a formação da tau hiperfosforilada pode ser impedida ou ter sua depuração aumentada. Compostos antioxidantes, quelantes de metais, anti-TNF, insulina e até o uso de células-tronco e da nanotecnologia representam alguns dos estudos para o tratamento da DA. Apesar da grande variedade de possíveis alvos para a DA, até o momento poucos estudos tiveram resultados clínicos significativos o suficiente para alcançar uma nova terapia aprovada e eficaz na regressão ou interrupção da progressão da DA, evidenciando que a doença precisa ser mais profundamente estudada e novos critérios precisam ser levados em consideração durante os estudos, como por exemplo, o uso de terapias multialvos, uma terapia mais individualizada, que aja na via danificada de cada paciente, e a busca por um diagnóstico precoce
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    • ABNT

      SOARES, Diego Henrique Matilla. Estresse oxidativo na fisiopatologia da Doença de Alzheimer e perspectivas futuras na terapia. 2023. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2023. Disponível em: https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/0afee83c-e63d-4156-a9a0-325da76a545e/TCC_Diego_Henrique_Matilla_Soares.pdf. Acesso em: 20 mar. 2025.
    • APA

      Soares, D. H. M. (2023). Estresse oxidativo na fisiopatologia da Doença de Alzheimer e perspectivas futuras na terapia (Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação). Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/0afee83c-e63d-4156-a9a0-325da76a545e/TCC_Diego_Henrique_Matilla_Soares.pdf
    • NLM

      Soares DHM. Estresse oxidativo na fisiopatologia da Doença de Alzheimer e perspectivas futuras na terapia [Internet]. 2023 ;[citado 2025 mar. 20 ] Available from: https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/0afee83c-e63d-4156-a9a0-325da76a545e/TCC_Diego_Henrique_Matilla_Soares.pdf
    • Vancouver

      Soares DHM. Estresse oxidativo na fisiopatologia da Doença de Alzheimer e perspectivas futuras na terapia [Internet]. 2023 ;[citado 2025 mar. 20 ] Available from: https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/0afee83c-e63d-4156-a9a0-325da76a545e/TCC_Diego_Henrique_Matilla_Soares.pdf

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