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Intolerância à lactose, uso terapêutico da lactase e sua microencapsulação como estratégia farmacotécnica (2022)

  • Authors:
  • USP affiliated author: TAKAKURA, MARIANA SAYURI - FCF
  • School: FCF
  • Subjects: ENZIMAS; INTOLERÂNCIA À LACTOSE; MICROENCAPSULAÇÃO
  • Language: Português
  • Abstract: INTRODUÇÃO: A intolerância à lactose é uma desordem metabólica caracterizada pela má absorção da lactose, gerando os sintomas de dor abdominal, gases, náusea e diarreia. Estima-se que entre 70%-75% dos adultos no mundo irão desenvolver intolerância à lactose ao longo da vida. A indústria alimentícia tem produzido cada vez mais alimentos “zero lactose”, ou seja, nos quais é adicionada a enzima lactase durante a sua produção, a qual catalisa a hidrólise da lactose em glicose e galactose, monossacarídeos que são facilmente absorvidos impedindo os sintomas nos indivíduos intolerantes. No entanto, isso acaba alterando a cor e gosto do alimento, o que pode ser desagradável ao consumidor. Assim, tem se investido nos suplementos de lactase, os quais o indivíduo ingere antes de consumir algum alimento com lactose. Por ser uma enzima administrada por via oral, a lactase enfrenta desafios no trato gastrointestinal como mudanças de pH e presença de proteases, sendo que muitas vezes atinge o intestino delgado, seu local de ação, já inativa. Diante do exposto, tecnologias têm sido estudadas para aumentar a estabilidade da enzima aumentando seu delivery no local de ação, como as técnicas de microencapsulação. OBJETIVO: Discutir todos os fatores que envolvem a condição de intolerância à lactose e realizar uma revisão sobre os métodos de microencapsulação da lactase a fim de favorecer o seu delivery e aumentar o tempo de ação. MATERIAL E MÉTODOS: Revisão bibliográfica nas bases de dados Web of Science e PubMed utilizando as palavras-chave “lactose intolerance”, “microencapsulation”, “lactase” combinadas ou de forma isolada, sendo considerados somente os artigos publicados entre 2011 e 2022. Para os trabalhos sobre intolerância à lactose, foram usados os de revisão e com “lactose intolerance” no título. Aqueles que abordavam aintolerância à lactose, foram usados os de revisão e com “lactose intolerance” no título. Aqueles que abordavam a intolerância à lactose em grupos étnicos e de faixa etárias específicas, outros tipos de tratamento sem ser o uso terapêutico da lactase e que usavam a técnica de micrencapsulação em outros tipos de composto bioativo sem ser a lactase foram desconsiderados. RESULTADOS: Com base na vasta revisão bibliográfica observou-se que a maior parte dos indivíduos chamados “lactase persistentes”, ou seja, aqueles que continuam produzindo altos níveis de lactase ao longo da vida adulta são encontrados marjoritariamente na Europa, enquanto que na Ásia e Africa apresentam baixa incidência. A intolerância à lactose pode ser classificada em primária, secundária e congênita, de acordo com a sua origem. Existem algumas formas de diagnosticar tal condição, como através de biópsia, teste genético, teste respiratório de hidrogênio expirado e o teste de tolerância a lactose. Dentre as formas de tratamento expostas neste trabalho, o uso da lactase como suplemento alimentar foi a escolhida para ser melhor explorada. Tendo em vista os desafios envolvidos no uso terapêutico da lactase devido à administração ser via oral, estudos foram realizados provando a eficácia do uso de nanotecnologia na proteção da enzima contra o pH e lipases do meio gástrico, de formaque a mesma chegue no intestino delgado com menos danos, apresentando maior ação. A técnica de dupla emulsão seguida de coacervação complexa foi a que apresentou maior potencial de sucesso devido a alta eficácia de encapsulação e resultados positivos após exposição a meio gástrico e delivery no meio intestinal in vitro. CONCLUSÃO: Com este trabalho pôde-se analisar e expor importantes fatores sobre a intolerância à lactose para o melhor entendimento e tratamento do paciente. Como a dose mínima de lactose que pode ser ingerida sem que o paciente apresente sintomas, sua origem, populações que apresentam maior incidência e o motivo para isso, além dos tipos possíveis de diagnóstico e tratamento. Tais informações podem possibilitar uma melhor qualidade de vida ao indivíduos diagnosticados. Além disso, apesar de ainda não se terem testes in vivo da lactase encapsulada, existem técnicas já estudadas in vitro que apresentaram resultados muito promissores, se destacando a da dupla emulsão seguida da coacervação complexa
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    • ABNT

      TAKAKURA, Mariana Sayuri. Intolerância à lactose, uso terapêutico da lactase e sua microencapsulação como estratégia farmacotécnica. 2022. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2022. Disponível em: https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/034fca85-5d63-409a-aed0-49ef65c43dc6/3136863.pdf. Acesso em: 26 abr. 2024.
    • APA

      Takakura, M. S. (2022). Intolerância à lactose, uso terapêutico da lactase e sua microencapsulação como estratégia farmacotécnica (Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação). Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/034fca85-5d63-409a-aed0-49ef65c43dc6/3136863.pdf
    • NLM

      Takakura MS. Intolerância à lactose, uso terapêutico da lactase e sua microencapsulação como estratégia farmacotécnica [Internet]. 2022 ;[citado 2024 abr. 26 ] Available from: https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/034fca85-5d63-409a-aed0-49ef65c43dc6/3136863.pdf
    • Vancouver

      Takakura MS. Intolerância à lactose, uso terapêutico da lactase e sua microencapsulação como estratégia farmacotécnica [Internet]. 2022 ;[citado 2024 abr. 26 ] Available from: https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/034fca85-5d63-409a-aed0-49ef65c43dc6/3136863.pdf

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