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Identificação da relação entre o transtorno de espectro de autismo (TEA) e a microbiota intestinal alterada e como o transplante fecal pode ser utilizado como forma de tratamento da doença (2021)

  • Authors:
  • USP affiliated author: LORDELLO, MAURÍCIO CALLEGARI - FCF
  • School: FCF
  • Subject: TRANSPLANTES
  • Keywords: Transtorno de Espectro de Autismo; Microbiota Intestinal; Transplante Fecal/Microbiota.
  • Language: Português
  • Abstract: INTRODUÇÃO: O transtorno do espectro do autismo (TEA), popularmente conhecido como apenas autismo, é um transtorno complexo caracterizado pela deficiência de desenvolvimento que pode causar desafios sociais, de comunicação e comportamentais. Muitos estudos relatam microbiota intestinal anormal em indivíduos com TEA, sugerindo uma relação entre eles, principalmente quando há uma proliferação exagerada de bactérias do gênero Clostridium. Modificar e reequilibrar a microbiota intestinal seria um caminho interessante para melhorar os sintomas gastrointestinais e comportamentais em indivíduos com TEA, e o transplante fecal/microbiota pode transformar a microbiota intestinal disbiótica (microbiota intestinal alterada) em uma microbiota saudável. Esse método de modificação poderá ser um dos tratamentos para o autismo no futuro, melhorando a qualidade da vida de milhares de pacientes. OBJETIVO: Tendo por base a literatura científica existente, o objetivo primário deste trabalho é discutir a relação entre a microbiota intestinal e o transtorno do espectro do autista (TEA), seja na causa ou nos sintomas da doença. Uma vez discutida essa relação, o objetivo secundário é discutir possíveis soluções terapêuticas relacionadas ao reequilíbrio da microbiota intestinal que causariam um impacto positivo em um indivíduo com TEA, como o transplante fecal/microbiota. MATERIAIS E MÉTODOS: Foi realizada uma revisão e análise dos eprincipais artigos científicos nacionais e internacionais presentes na literatura publicados nos últimos 15 anos. As bases de dados queforam utilizadas para essa revisão são: PubMed, SciFinder, Web of Science, SciELO e outras que venham a apresentar dados relevantes sobre a relação entre a microbiota intestinal e o autismo. Os descritores utilizados para a pesquisa foram: “Autism”, “Intestinal Bacterial Flora”, “Autism and Intestinal Bacterial Flora”, “Gut Microbiota”, “Autism and Gut Microbiota”, “Fecal Transplant”, “Microbiota Transplant” e os mesmos descritores na língua portuguesa. RESULTADOS: O TEA é uma doença de neurodesenvolvimento diversificada e complicada que integra mecanismos genéticos, epigenéticos e ambientais para formar um fenótipo complexo. Das muitas comorbidades médicas associadas ao TEA, o desconforto gastrointestinal ganhou atenção significativa por causa de sua prevalência relatada e pois os sintomas gastrointestinais parecem se correlacionar fortemente com a gravidade de seu TEA. Indivíduos com TEA apresentam uma microbiota intestinal desequilibrada e diferente de indivíduos saudáveis, principalmente pela alta quantidade de bactérias do gênero Clostridium presente. A disbiose aumenta permeabilidade intestinal, principalmente pela indução da zonulina, e permite que certas endotoxinas atravessem as células epiteliais do intestino e cheguem ao cérebro, onde geram inflamação e, consequentemente, os sintomas neurocomportamentais do TEA. Portanto, acredita-se haver uma relação direta entre a disbiose e alguns sintomas no autismo. O uso de pro e prebióticos e principalmente do transplante fecal/microbiota estão sendo bastante estudados e utilizados em indivíduos com TEA com o objetivo de reequilibrar a microbiota intestinal e diminuir a permeabilidade intestinal. Estes tratamentos vêm gerando resultados positivos na diminuição dos sintomas gastrointestinais e neurocomportamentais de pacientes com TEA. CONCLUSÃO:Embora os resultados desses tratamentos sejam positivos e possam ser utilizados como formas inéditas de tratamento para um subgrupo de pacientes com TEA em breve, ensaios clínicos bem planejados, duplo-cegos, randomizados e controlados por placebo são necessários para validar a sua eficácia e para identificar as cepas, a dose e o tempo de tratamento apropriados.
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    • ABNT

      LORDELLO, Maurício Callegari. Identificação da relação entre o transtorno de espectro de autismo (TEA) e a microbiota intestinal alterada e como o transplante fecal pode ser utilizado como forma de tratamento da doença. 2021. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2021. Disponível em: https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/fae52cff-8ab7-4b82-90d0-2d377ff088ad/3070558.pdf. Acesso em: 20 abr. 2024.
    • APA

      Lordello, M. C. (2021). Identificação da relação entre o transtorno de espectro de autismo (TEA) e a microbiota intestinal alterada e como o transplante fecal pode ser utilizado como forma de tratamento da doença (Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação). Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/fae52cff-8ab7-4b82-90d0-2d377ff088ad/3070558.pdf
    • NLM

      Lordello MC. Identificação da relação entre o transtorno de espectro de autismo (TEA) e a microbiota intestinal alterada e como o transplante fecal pode ser utilizado como forma de tratamento da doença [Internet]. 2021 ;[citado 2024 abr. 20 ] Available from: https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/fae52cff-8ab7-4b82-90d0-2d377ff088ad/3070558.pdf
    • Vancouver

      Lordello MC. Identificação da relação entre o transtorno de espectro de autismo (TEA) e a microbiota intestinal alterada e como o transplante fecal pode ser utilizado como forma de tratamento da doença [Internet]. 2021 ;[citado 2024 abr. 20 ] Available from: https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/fae52cff-8ab7-4b82-90d0-2d377ff088ad/3070558.pdf

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