Classificação geoquímica das lagoas da baixa Nhecolândia (MS) com base em sensoriamento remoto e parâmetros físico-químicos (2003)
- Authors:
- Autor USP: STERN, FABIO GIANOTTI - IGC
- Unidade: IGC
- Subjects: LAGOAS; GEOQUÍMICA; SENSORIAMENTO REMOTO
- Language: Português
- Abstract: Este trabalho descreve a origem e classifica preliminarmente 118 lagoas da região de Nhecolândia no Pantanal na área compreendida pela Fazenda Nhumirim da Embrapa e Fazenda Firm, Mato Grosso do Sul. Esta classificação baseou-se em sensoriamento remoto, dados físico-químicos das águas subterrâneas sob as lagoas (valores de pH e de condutividade elétrica - CE) e na fisiografia local (condições climáticas, geomorfológicas e de cobertura vegetal). O processamento das imagens digitais envolveu duas imagens, (TM do satélite Landsat 5 de outubro de 1990 e ETM Landsat 7 de setembro de 2002) em que foram estabelecidas as comparações da fisiografia local, assim como da dinâmica nas mudanças geomorfológicas locais entre uma imagem e outra. Controle de Campo: sua execução consistiu na identificação e checagem das lagoas cuja resposta espectral encontrava-se realçada nas imagens TM e classificadas visualmente. Quando detectada a localização exata da lagoa procurada, foram medidos em campo, os dados físico-químicos de caracterização das suas águas de subsuperfície. Com base nos dados obtidos nas 117 lagoas previamente selecionadas e amostradas, permitiu-se propor a seguinte classificação: Um grupo considerado ligeiramente ácido, com pH 5 a 6 denominado de Não Alcalinas, cujos valores obtidos em campo de pH oscilam de 5,38 a 6,97, este contingente compreende um total de 76 lagoas. Um segundo grupo possuindo pH de suas águas de subsuperfície oscilando na faixa entre 7 a 8 denominado de grupo de Lagoas Alcalinas, sendo 7,01 e 7,9 os limites encontrados, compondo um total de 24 lagoas identificadas nestas condições e, um último grupo, com pH entre 8 e 9. Neste, com-valores de pH de campo que variaram de 8,04 a 9,75 denominadas de grupo de Lagoas Hiperalcalinas, totalizando 17. No contingente de 118 lagoas (uma sem dados de pH) o domínio pertence às não alcalinas, as alcalinas são comuns (total de vinte e quatro) e ashiperalcalinas são pouco mais raras que as alcalinas (dezessete ocorrências). Através dos resultados obtidos em campo, associados com resultados obtidos nas referências bibliográficas, pode-se associar a distribuição e distinção de pH ao efeito das cheias, após as quais as lagoas mais rasas em relação a topografia regional perdem sua água de superfície, enquanto as mais profundas, em geral alcalinas e salinas, mantêm-se com água. Com a continuidade da estiagem, as lagoas alcalinas perdem água por evaporação aumentando a salinidade e criando ambiente propício para infestação de algas diversas; persistindo a estiagem, o nível das águas desce, expondo o fundo dos lagos coberto por matéria orgânica e eventualmente sal. As lagoas protegidas pelas "cordilheiras" íntegras, com cobertura vegetal arbórea, são pouco ou nada influenciadas pelas vazantes (controle hidrológico, com afluxo de água não alcalina). Com a estiagem prolongada ocorre a precipitação da matéria orgânica e sais dissolvidos. A concentração destes tende a aumentar nos períodos climáticos em que a estação de seca é mais agressiva, levando estas lagoas a aumentarem sua alcalinidade e o seu conteúdo de solutos (sais bicarbonatados de sódio, magnésio etc), no qual os valores de potássio e sódio na época de estiagem nas salinas (novembro/79, agosto/80) atingem valores até vinte vezes maiores que as lagoas de água doce na mesma época. Resultados de análises obtidos de POTT et al. (1987) apresentam amostras de solo coletadas nas lagoas, durante a época de cheia e seca entre os anos de 1979 e 1980 que referendam as observações acima.
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ABNT
STERN, Fábio Gianotti. Classificação geoquímica das lagoas da baixa Nhecolândia (MS) com base em sensoriamento remoto e parâmetros físico-químicos. 2003. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003. Disponível em: https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/8426d85b-9e31-4591-9093-d371e04215b3/Stern__F._G._-_2003_-_Classifica%C3%A7%C3%A3o_geoqi%C3%ADmica_das_lagoas_da_baixa_Nhecol%C3%A2ndia_%28MS%29_com_base_em..pdf. Acesso em: 28 mar. 2025. -
APA
Stern, F. G. (2003). Classificação geoquímica das lagoas da baixa Nhecolândia (MS) com base em sensoriamento remoto e parâmetros físico-químicos (Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação). Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/8426d85b-9e31-4591-9093-d371e04215b3/Stern__F._G._-_2003_-_Classifica%C3%A7%C3%A3o_geoqi%C3%ADmica_das_lagoas_da_baixa_Nhecol%C3%A2ndia_%28MS%29_com_base_em..pdf -
NLM
Stern FG. Classificação geoquímica das lagoas da baixa Nhecolândia (MS) com base em sensoriamento remoto e parâmetros físico-químicos [Internet]. 2003 ;[citado 2025 mar. 28 ] Available from: https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/8426d85b-9e31-4591-9093-d371e04215b3/Stern__F._G._-_2003_-_Classifica%C3%A7%C3%A3o_geoqi%C3%ADmica_das_lagoas_da_baixa_Nhecol%C3%A2ndia_%28MS%29_com_base_em..pdf -
Vancouver
Stern FG. Classificação geoquímica das lagoas da baixa Nhecolândia (MS) com base em sensoriamento remoto e parâmetros físico-químicos [Internet]. 2003 ;[citado 2025 mar. 28 ] Available from: https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/8426d85b-9e31-4591-9093-d371e04215b3/Stern__F._G._-_2003_-_Classifica%C3%A7%C3%A3o_geoqi%C3%ADmica_das_lagoas_da_baixa_Nhecol%C3%A2ndia_%28MS%29_com_base_em..pdf
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