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Petrografia e química mineral dos diques da província alcalina do sul do Estado da Bahia (2006)

  • Autores:
  • Autor USP: SILVA, MAURICIO PAVAN - IGC
  • Unidade: IGC
  • Assuntos: PETROGRAFIA; QUÍMICA MINERAL; ENXAME DE DIQUES
  • Idioma: Português
  • Resumo: Durante o Neoproterozóico a borda sud este do craton do São Francisco foi afetada por forte atividade ígnea intrusiva de natureza alcalina, a qual gerou diversos maciços (Itabuna, Floresta Azul, Serra das Araras e Itarantim), vários stocks e centenas de diques. Regionalmente estes corpos alinham-se na direção NE-SW, ao longo da Zona de Cisalhamento Itabuna-Itaju do Colônia. Este projeto focou o estudo petrográfico e da química mineral dos litotipos que compõm o enxame de diques da região de Itabuna. Os diques apresentam espessura que varia entre 10 cm e 5 m, com direção principal NE-SW e mergulhos variando entre 50° e 87°. Foram identificados 3 grupos petrográficos: Rochas melanocráticas (lamprófiros): são porfiríticas, com fenocristais de diopsidio (mg# 88.75 a 69 .1 ), em matriz que contém, além de abundante anfibólio (kaersutita com Ti02 entre 4.7 e 5.1 % peso), quantidades menores de diopsidio, minerais opacos e escassas ripas de plapioclasio (Aneo.7o- labradorita-bytownita). Rochas melanocráticas a mesocráticas (basaltos alcalinos, traqui-basaltos e traquiandesitos besálticos): exibem também textura porfirítica com fenocristais de diopsidio (mg# 80.9 a 63.5 ) e olivina (F082), além de plagioclasio (An75.S0- labradorita). O plagioclasio forma fenocristais esporádicos nas rochas melanocráticas e nas mesocráticas torna-se a principal fase fenocristalina. A matriz exibe textura intergranular, com algumas poucas amostras exibindo textura subofítica, havendo aumento significativo na quantidade do mineral félsico, acompanhado de biotita, dos termos melanocráticos para os mesocráticos. Rochas leucocráticas (traqui-andesitos e traquitos peralcalinos): possuem textura traquítica, com ptagioclasio ocorrendo como principal fase fenocristalina e também na matriz. Os traqui-andesitos (pórfiros rômbicos) exibem fenocristais com núcleos corroidos de andesina (An3S), bordejados interna e externamente por sanidina.Nos traquitos, oliqoclasio (An27) aparece como fenocristais e na matriz, junto com feldspato alcalino. Os minerais máficos encontram-se geralmente restritos à matriz em ambos litotipos. Os traqui-andesitos apresentam diopsidio rico em Fe até hedenbergita (mg# 60 .1 a 43 .4 ), kaersutita com bordas ricas em Fe e olivina rica em Fe (F049.2). Nos traquitos o anfibólio tem características ópticas semelhantes as da arfvedsonita, porém devido ao seu teor de Na (NaB < 1.34), é classificado como winchita. Em algumas amostras a matriz apresenta cristais de quartzo. A composição química das amostras estudadas quando colocadas em diagramas de variação de óxidos, mostram que MgO, CaO, FeOt, Ti, P e Sr decrescem das rochas ultrabásicas para as intermediarias e ácidas enquanto que alcalis e silica aumentam, apontando para evolução controlada por processos de cristalização fracionada, a qual écorroborada pelas descrições petrográficas. No entanto é possível que alguns litotipos (e.g. traqui-andesitos) sejam resultado de mistura ou contaminação do magma parental. Estudos mais detalhados são necessários para resolver esse problema.
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    • ABNT

      PAVAN, Mauricio. Petrografia e química mineral dos diques da província alcalina do sul do Estado da Bahia. 2006. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006. Disponível em: https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/3923f465-b636-48f2-a3da-c21b61d4cf59/Silva__M._P._-_2006_-_Petrografia_e_qu%C3%ADmica_mineral_dos_diques_da_provincia_alcalina_do..pdf. Acesso em: 17 abr. 2025.
    • APA

      Pavan, M. (2006). Petrografia e química mineral dos diques da província alcalina do sul do Estado da Bahia (Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação). Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/3923f465-b636-48f2-a3da-c21b61d4cf59/Silva__M._P._-_2006_-_Petrografia_e_qu%C3%ADmica_mineral_dos_diques_da_provincia_alcalina_do..pdf
    • NLM

      Pavan M. Petrografia e química mineral dos diques da província alcalina do sul do Estado da Bahia [Internet]. 2006 ;[citado 2025 abr. 17 ] Available from: https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/3923f465-b636-48f2-a3da-c21b61d4cf59/Silva__M._P._-_2006_-_Petrografia_e_qu%C3%ADmica_mineral_dos_diques_da_provincia_alcalina_do..pdf
    • Vancouver

      Pavan M. Petrografia e química mineral dos diques da província alcalina do sul do Estado da Bahia [Internet]. 2006 ;[citado 2025 abr. 17 ] Available from: https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/3923f465-b636-48f2-a3da-c21b61d4cf59/Silva__M._P._-_2006_-_Petrografia_e_qu%C3%ADmica_mineral_dos_diques_da_provincia_alcalina_do..pdf

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